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Cientistas descobrem um novo olhar sobre o câncer no cérebro

20 de Dezembro de 2015   -   Leitura de 1 minutos

Cientistas da USP e dos EUA defendem mudança na classificação dos gliomas. Em vez de focar na aparência das células, a tipificação da doença levaria em conta características genéticas. Método pode melhorar os tratamentos.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e cientistas das universidades de Columbia e do Texas, ambas nos Estados Unidos, detalham, na última edição da revista Cell, os resultados do maior estudo realizado sobre os perfis moleculares de gliomas. A partir das análises, eles propõem que essa classe de cânceres no cérebro seja dividida em sete subtipos, não em quatro, como atualmente (veja arte). A nova classificação, defendem, permitiria que médicos prescrevessem tratamentos mais eficientes e direcionados ao tipo específico de tumor.

 

 

Gliomas representam 80% dos tumores cerebrais malignos. Agressivos, são divididos conforme a severidade em quatro graus, sendo que os últimos três compreendem os tumores incuráveis. Embora a divisão atual seja bem estabelecida pela Organização Mundial da Saúde, ela nem sempre é precisa. Pacientes com tumores classificados como de grau IV podem sobreviver mais tempo que o esperado, mas acabam submetidos a tratamentos debilitantes que deixam sequelas. Outros com tumores de graus I e II podem viver menos do que o previsto no prognóstico, o que significa que o comprometimento era maior do que definia a classificação.

 

 

A categorização atual, chamada de histológica, baseia-se na investigação microscópica da aparência das células doentes. “Ela é antiga. Feita com base em características vistas em microscópio comum desde 1830. O patologista alemão Rudolf Viorchow utilizou o termo glioma em 1860”, explica Stephen Stafani, oncologista e pesquisador do Instituto do Câncer Mãe de Deus, no Rio Grande do Sul. Muito se avançou no que diz respeito a esse e a outros tipos de exames de imagem, como ressonância magnética, que complementam o diagnóstico. Apesar disso, ainda há dificuldade em classificar com precisão os tumores de gravidade intermediária.

 

 

A proposta do time internacional de pesquisadores consiste na análise de genes associados com gliomas e também em técnicas moleculares e genômicas. Uma delas foca na metilação do DNA, uma reação bioquímica que, em estruturas cancerosas, previne a ativação de genes que garantem o funcionamento normal das células. A metilação difere da mutação genética por não envolver alterações duradouras na sequência do DNA. “Nós descobrimos gliomas de alto e de baixo graus misturados entre si dentro de subtipos diferentes. Essa foi uma descoberta inesperada que nos permitiu entender melhor a progressão deles no âmbito dos diferentes subtipos”, explica Houtan Noushmehr, professor da USP e coautor sênior do estudo.

 

 

Stefani acredita que o estudo oferece sofisticação às classificações de gliomas. “Isso vem da possibilidade de modificar a estratégia terapêutica e de se conhecer melhor a história natural da doença. Quando recursos como quimioterapia e radioterapia foram incluídos ao arsenal que era exclusivamente cirúrgico, se passou a ter maior importância identificar quem deve se beneficiar do tratamento e quem vai precisar de outras formas de manejo”, diz o oncologista. “Uma nova classificação que responda a essas questões práticas adotando dados moleculares e genéticos é sempre bem-vinda e vai ao encontro do que se tem observado em várias áreas da oncologia moderna, com a terapia de precisão”, completa o especialista.

 

 

 

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